OS ABUTRES QUE SE AGUENTEM
No momento em que os abutres procuram a carne seca na pele do Procurador Geral da República Souto Moura, Jorge Sampaio, na sua entrevista de hoje, afirma que o cargo de Procurador é o cargo de escolha mais difícil nos próximos tempos, devendo evitar-se a tentação de controle do mesmo, controle esse que se antevê no PS, com vontade de revanche sobre a coragem do procurador em afrontar os políticos, mostrando-lhes que eles não estão acima da lei.
No momento em que a imprensa se abespinha com a busca ao 24 horas e com a apreensão de computadores, alegando que a investigação se desviou do essencial, procurando o acessório, Jorge Sampaio elogia Souto Moura, indicando ser ele uma pessoa de grande seriedade, deitando por terra todas as conspirações que olham para o procurador como alguém não isento.
No meu entender Souto Moura, entre o deve e o haver, fez um bom mandato, tendo desencadeado mais investigações, julgamentos e condenações num só mandato do que o anterior procurador em vários. Desde o processo Fátima Felgueiras, ao apito dourado, passando por vale e Azevedo, a Casa Pia, o processo do parque, as burlas nas portagens, as burlas no SNS entre outros, tudo e todos foram investigados, não se livrando “os grandes e poderosos” da alçada do MP e a população passou a entender que não é só a eles que isto acontece.
Se houve erros, que os houve, finalmente eles acertaram também nos poderosos, porque erros há, há dezenas de anos, contudo, porque sempre afectaram apenas o cidadão comum, não lhes era dado o devido relevo pelos políticos, porque incólumes à mão da justiça. Investigações abusivas, escutas em excesso, julgamentos com erros, demoras infindáveis na decisão de recursos, etc, etc, etc, foi algo que sempre houve mas que a comunicação social (aqui tem uma culpa muito, mas mesmo muito grande) nunca deu relevo, deixando o pobre cidadão sofrer com as injustiças do sistema judicial, só porque era um mero cidadão, sem poder, sem mediatismo, porque não dava audiências, não dava share na concorrência televisiva, não faziacapas, não ajudava a vender.
Por detrás da capa dos atentados contra a liberdade da comunicação social está a culpa dela, que esquece as pessoas em prol dos lucros, que esquece os problemas reais só porque não são sentidos por poderosos, que não conseguem fazer lobby, não influenciam, não encomendam notícias, não fazem capas. Agora estão a pagar pelo seu silêncio, pelo que, desde o início são eles os principais culpados por, ao darem notícias, se esquecerem dos portugueses.
Por tudo, ainda bem que há blogues, porque agora podemos publicar, com maior ou menor visibilidade, aquilo que os média recusam.
Por tudo, ainda bem que houve um Souto Moura, porque entre os erros cometidos, pelo menos teve a coragem de os democratizar, alargando-os a todos, alargando assim o sentimento de igualdade.
O que há a fazer agora não é crucificar Souto Moura, é exigir, todos os dias, ao governos, aos juízes, aos funcionários, aos advogados, maior rigor, maior prudência, maior zelo, a bem de todos os portugueses e não só dos poderosos.
No momento em que a imprensa se abespinha com a busca ao 24 horas e com a apreensão de computadores, alegando que a investigação se desviou do essencial, procurando o acessório, Jorge Sampaio elogia Souto Moura, indicando ser ele uma pessoa de grande seriedade, deitando por terra todas as conspirações que olham para o procurador como alguém não isento.
No meu entender Souto Moura, entre o deve e o haver, fez um bom mandato, tendo desencadeado mais investigações, julgamentos e condenações num só mandato do que o anterior procurador em vários. Desde o processo Fátima Felgueiras, ao apito dourado, passando por vale e Azevedo, a Casa Pia, o processo do parque, as burlas nas portagens, as burlas no SNS entre outros, tudo e todos foram investigados, não se livrando “os grandes e poderosos” da alçada do MP e a população passou a entender que não é só a eles que isto acontece.
Se houve erros, que os houve, finalmente eles acertaram também nos poderosos, porque erros há, há dezenas de anos, contudo, porque sempre afectaram apenas o cidadão comum, não lhes era dado o devido relevo pelos políticos, porque incólumes à mão da justiça. Investigações abusivas, escutas em excesso, julgamentos com erros, demoras infindáveis na decisão de recursos, etc, etc, etc, foi algo que sempre houve mas que a comunicação social (aqui tem uma culpa muito, mas mesmo muito grande) nunca deu relevo, deixando o pobre cidadão sofrer com as injustiças do sistema judicial, só porque era um mero cidadão, sem poder, sem mediatismo, porque não dava audiências, não dava share na concorrência televisiva, não faziacapas, não ajudava a vender.
Por detrás da capa dos atentados contra a liberdade da comunicação social está a culpa dela, que esquece as pessoas em prol dos lucros, que esquece os problemas reais só porque não são sentidos por poderosos, que não conseguem fazer lobby, não influenciam, não encomendam notícias, não fazem capas. Agora estão a pagar pelo seu silêncio, pelo que, desde o início são eles os principais culpados por, ao darem notícias, se esquecerem dos portugueses.
Por tudo, ainda bem que há blogues, porque agora podemos publicar, com maior ou menor visibilidade, aquilo que os média recusam.
Por tudo, ainda bem que houve um Souto Moura, porque entre os erros cometidos, pelo menos teve a coragem de os democratizar, alargando-os a todos, alargando assim o sentimento de igualdade.
O que há a fazer agora não é crucificar Souto Moura, é exigir, todos os dias, ao governos, aos juízes, aos funcionários, aos advogados, maior rigor, maior prudência, maior zelo, a bem de todos os portugueses e não só dos poderosos.
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