ONDE ESTÁ A COERÊNCIA?
No DN, em 2004, Pedro Silva Pereira, porta voz do PS, disse o seguinte:
"Para o Partido Socialista, que no passado defendeu a co-incineração (queima de resíduos nas cimenteiras), esta questão «está, do ponto de vista político, ultrapassada», disse o porta-voz do partido, Pedro Silva Pereira. Em declarações ao DN, o ex-secretário de Estado do Ordenamento do Território, no tempo de José Sócrates, acrescentou, contudo, que as propostas futuras sobre esta matéria ainda não se encontram definidas pelo PS, que, «a seu tempo, apresentará o programa de Governo»."
Hoje o governo anúncia a retoma total desta posição que estava "do ponto de vista político, ultrapassada" por aquilo que considero uma teimosia política de Sócrates, procurando agora apagar a maior derrota política obtida aquando do seu consulado como Ministro do Ambiente.
Creio que o governo não aposta na co-incineração (não estou a discutir os méritos e deméritos do método) por convicção, aposta por teimosia, por querer dizer e afirmar um quero, posso e mando, desnecessário neste momento.
Agora, de facto, uma coisa eu não entendo mesmo, por mais estudos que façam: se já é um crime ambiental ter uma cimenteira num parque natural como o da Arrábida e se o que se deveria discutir neste era quando é que ela é de lá retirada, como é que é possível que se conceba a aplicação de um método de co-incineração ou outro nessa mesma unidade, se esse método vai garantir o prolongar da laboração, nesse parque natural e por muitos anos dessa unidade poluente?
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