Wednesday, August 01, 2007

[O silêncio também incomoda]

Mesmo sem nada escrever há quem se sinta incomodado comigo.
Quando falo, não gostam do que digo (os socialistas claro), quando me calo, sentem-se intrigados e teorizam sobre os motivos do meu silêncio.
Este facto foi-me relatado por um socialista ao mais alto nível em Seia, tendo eu achado imensa piada ao facto, pois percebei que não só me dão mais importância do que aquela que julgava ter, como percebi que se sentem afectados comigo quer fale, quer não fale.
Mais piada achei, uma vez que o meu silêncio se deve apenas a uma absoluta falta de tempo para escrever e a nada mais. Por isso, esqueçam as teorias, estão todas erradas.
De qualquer das formas, não deixo de anotar que em sete meses, escrevendo um único post a 14 de Março, tive mais de 4000 visitas, o que não deixa se ser curioso e interessante.
Afinal, o silêncio também faz mossa.

Wednesday, March 14, 2007

(O caso esmeralda vs. o caso da criança raptada)

Quando se deu à imprensa o prato cheio do caso Esmeralda, não faltaram pseudo entendidos, que não entendem de nada, advogando a superioridade dos pais do coração, à do pai biológico.
Em debate na Sic notícias, no programa quadratura do circulo, foi fácil ver Jorge Coelho, qual jurista, psicólogo e assistente social encarnado na pele daquele politico, a dizer que para ele as leis pouco interessavam, o que interessava é que a criança devia ficar com os pais do coração.
Avisadamente Pacheco Pereiro alertou para a perniciosidade do critério. Na verdade, o critério do coração, levado ao limite, poderia permitir que um(a) raptor(a), por ter criado, com carinho, afecto e todos os cuidados, uma criança que previamente havia raptado, pudesse com ela ficar, por ser traumatizante a retirada dela ao (à) raptor(a) de forma rápida.
Com espanto, assisti ontem ao um entendido em psicologia, num canal de televisão, a defender isso mesmo, ou seja, que a criança raptada não poderia ser retirada à raptora, ou à sua família, de forma brusca, porque se iria ressentir, e que a mesma deveria ser retirada de forma gradual, seja lá o que isso for.
No limite, quase que deveriam viver todos juntos, até a raptora ser alegremente condenado e enclausurada numa cadeia pelo crime supostamente cometido.
De certo que agora, todos os que advogam a tese do coração, ficaram igualmente chocados ao perceber que a família biológica da criança raptada é uma família desestruturada, com um pai desempregado, uma mãe com pouco trabalho, e que ela vai viver numa casa com pelo menos quatro irmãos e irmãs, porque os outros já foram retirados à família por falta de condições para serem por ela criados, casa essa com muito poucas condições de habitabilidade, pelo que foi possível ver pela televisão. De certo que esta criança, possivelmente vai ter o mesmo destino, entregue a uma família de acolhimento e a um centro de acolhimento de crianças.
Os casos, apesar das idades, são semelhantes, e o critério não pode ser a diferença de idade, para se verificar a existência de crime. Na verdade, tão criminosa foi a actuação do sargento Luís Gomes e esposa como foi da raptora de Penafiel. Se houve sequestro ou subtracção de menor, isso já uma questão diferente. Agora que aparentemente houve crime, parece certo.
Estes casos são, assim, paradigmáticos na definição do que pode ou n ser um Estado de Direito, não podendo este ser criado através de regras, análises ou convicções subjectivas e sim através de leis gerais e abstractas, mesmo que elas, subjectivamente possam parecer injustas.
Se assim não for, corre-se o risco de tratar casos iguais como desiguais, e desiguais como iguais, violando um dos mais sagrados princípios desse mesmo Estado de Direito, ou seja, o princípio da igualdade.
Por isso, é que os casos destas duas crianças serão subjectivamente analisados de modos muito diferentes, mas objectivamente têm uma parecença incrível.

Thursday, January 11, 2007

"parece que 2007 vai ser um ano interessante II"

Para os que não ouviram nem leram mensagem do Presidente da República, aqui fica o link para ir lá e retirar as suas próprias conclusões.

20.000

Entrei agora mesmo e verifiquei que estava nas 20.000 visitas.
É um número como outro qualuqer, mas achei o registo interessante, até porque este é o 4.º post que publico nos últimos 3 meses.
Fica registado.
Os meus agradecimentos a todos quantos aqui passaram.

Tuesday, January 02, 2007

[parece que 2007 vai ser um ano interessante...]

Será um ano que, após a mensagem de ano novo do Presidente da República, irá marcar definitivamente a legislatura.
O PS tem andava inebriado com os apoios, os encorajamentos, as manifestações públicas de incentivo que o PR tem vindo da dar.
Ouvimo-los lá, como aqui, a tecer loas ao senhor Presidente, mesmo aqueles que verberaram os mais indecentes vitupérios contra ele, quando se candidatou, acusando-o de tudo e mais alguma coisa.
Eu não, eu votei nele para ele fazer o que faz, ou seja, para encorajar as reformas, sem decidir quais são pois isso não lhe compete, e para exigir resultados rápidos e positivos.
Após o apoio à reformas veio, com esta mensagem, a exigência de resultados em áreas de grande turbulência no ano que agora finda.
Já estou mesmo a ver aqueles socialistas que agora enchem a boca para gabar o PR, daqui a uns meses, a falarem mal dele, quando muito do folclore pseudo-reformista deste governo começar a revelar a falta de resultados e o PR começar a não ser assim tão simpático como isso com os falhanços.
As máscaras da hipocrisia irão cair e nesse momento eu vou-me rir, porque sempre mantive a mesma postura, pois sou coerente, uma vez que votei neste presidente para ele ser o que é, agora, e depois, na coerência do que promoveu em campanha.
Será, por isso, entre muitas outras coisas, um ano interessante, no mínimo.
Vamos esperar para ver.