Sunday, April 30, 2006

[PARA AQUELES QUE USAM EXPRESSÕES, PROVAVELMENTE SEM SABEREM OS SEUS AUTORES]

PROVERBIOS Y CANTARES
El ojo que ves no es
ojo porque tú lo veas;
es ojo porque te ve.
*
Cuál es la verdad? El río
que fluye y pasa
donde el barco y el barquero
son también ondas del agua?
O este soñar del marino
siempre con ribera y ancla?
*
¿Para qué llamar caminos
a los surcos del azar?...
Todo el que camina anda,
como Jesús, sobre el mar.
*
A quien nos justifica nuestra desconfianza
llamamos enemigo, ladrón de una esperanza.
Jamás perdona el necio si ve la nuez vacía
que dio a cascar al diente de la sabiduría.
*
Nuestras horas son minutos
cuando esperamos saber,
y siglos cuando sabemos
lo que se puede aprender.
*
Ni vale nada el fruto
cogido sin sazón...
Ni aunque te elogie un bruto
ha de tener razón.
*
De lo que llaman los hombres
virtud, justicia y bondad,
una mitad es envidia,
y la otra no es caridad.
*
En preguntar lo que sabes
el tiempo no has de perder...
Y a preguntas sin respuesta
¿quién te podrá responder?
*
¡Ojos que a la luz se abrieron
un día para, después,
ciegos tornar a la tierra,
hartos de mirar sin ver!
*
Es el mejor de los buenos
quien sabe que en esta vida
todo es cuestión de medida:
un poco más, algo menos...
*
El hombre sólo es rico en hipocresía.
En sus diez mil disfraces para engañar confía;
y con la doble llave que guarda su mansión
para la ajena hace ganzúa de ladrón.
*
Ayer soñé que veía
a Dios y que a Dios hablaba;
y soñé que Dios me oía...
Después soñé que soñaba.
*
Cosas de hombres y mujeres,
los amoríos de ayer,
casi los tengo olvidados,
si fueron alguna vez.
*
No extrañéis, dulces amigos,
que esté mi frente arrugada:
yo vivo en paz con los hombres
y en guerra con mis entrañas.
*
De diez cabezas, nueve
embisten y una piensa.
Nunca extrañéis que un bruto
se descuerne luchando por la idea.
*
Las abejas de las flores
sacan miel, y melodía
del amor, los ruiseñores:
Dante y yo -perdón, señores-,
trocamos -perdón, Lucía-,
el amor en Teología.
*
Poned sobre los campos
un carbonero, un sabio y un poeta.
Veréis cómo el poeta admira y calla,
el sabio mira y piensa...
Seguramente, el carbonero busca
las moras o las setas.
Llevadlos al teatro
y sólo el carbonero no bosteza.
Quien prefiere lo vivo a lo pintado
es el hombre que piensa, canta o sueña.
El carbonero tiene
llena de fantasías la cabeza.
*
¿Dónde está la utilidad
de nuestras utilidades?
Volvamos a la verdad:
vanidad de vanidades.
*
Todo hombre tiene dos
batallas que pelear:
en sueños lucha con Dios;
y despierto, con el mar.
*
Caminante, son tus huellas
el camino y nada más;
Caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace el camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante no hay camino
sino estelas en la mar.
*
El que espera desespera,
dice la voz popular.
¡Qué verdad tan verdadera!
La verdad es lo que es,
y sigue siendo verdad
aunque se piense al revés.
*
Hay dos modos de conciencia:
una es luz, y otra, paciencia.
Una estriba en alumbrar
un poquito el hondo mar;
otra, en hacer penitencia
con caña o red, y esperar
el pez, como pescador.
Dime tú: ¿Cuál es mejor?
¿Conciencia de visionario
que mira en el hondo acuario
peces vivos,
fugitivos,
que no se pueden pescar,
o esa maldita faena
de ir arrojando a la arena,
muertos, los peces del mar?
*
¿Dices que nada se crea?
No te importe, con el barro
de la tierra, haz una copa
para que beba tu hermano.
¿Dices que nada se crea?
Alfarero, a tus cacharros.
Haz tu copa y no te importe
si no puedes hacer barro.
*
Bueno es saber que los vasos
nos sirven para beber;
lo malo es que no sabemos
para qué sirve la sed.
*
¿Dices que nada se pierde?
Si esta copa de cristal
se me rompe, nunca en ella
beberé, nunca jamás.
Dices que nada se pierde
y acaso dices verdad,
pero todo lo perdemos
y todo nos perderá.
*
Todo pasa y todo queda,
pero lo nuestro es pasar,
pasar haciendo caminos,
caminos sobre la mar.
*
Morir... ¿Caer como gota
de mar en el mar inmenso?
¿O ser lo que nunca he sido:
uno, sin sombra y sin sueño,
un solitario que avanza
sin camino y sin espejo?
*
Anoche soñé que oía
a Dios, gritándome: «¡Alerta!»
Luego era Dios quien dormía,
y yo gritaba: «¡Despierta!»
*
Ya noto, al paso que me torno viejo,
que en el inmenso espejo,
donde orgulloso me miraba un día,
era el azogue lo que yo ponía.
Al espejo del fondo de mi casa
una mano fatal
va rayendo el azogue, y todo pasa
por él como la luz por el cristal

António Machado - Poeta Espanhol

Thursday, April 27, 2006

[ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA …]

Entre os meses de Março e Abril, que agora finda, escrevi 10 posts (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10) sobre o Hospital de Seia, os perigos, as semelhanças com outros casos, a desconfiança com o Governo, etc, etc, etc…
Finalmente, ao que sei, a água furou a pedra e o Conselho de Administração – Por isso os saúdo – alterou a sua posição e de uma defesa indefectível do novo Centro Hospitalar, passou para uma posição em que diz que inexistem condições objectivas para as administrações dos Hospitais de Seia, Tondela e Viseu dizerem quais são as valências que ficam para cada um, devendo ser a tutela a decidir.
Este reconhecimento vai ao encontro do que há muito dizíamos mas encerra uma conclusão fatal: o Conselho de Administração já percebeu que vai perder valências no Hospital de Seia. Ao perceber isso, percebeu também que, ou não tem força neste conjunto (Seia, Tondela e Viseu) para impor a sua posição, ou, estando posta perante a consumação da perda de valências, não que assumir o acordo nessa perda, ou seja, não quer ser responsabilizada dos factos, lavando a mão como Pilatos e solicitando à Tutela que seja ela a decidir.
Apesar do problema que encerra este reconhecimento, o facto de o reconhecerem é positivo.
Positivo é também, atenta a especificidade da zona e a falta de acessibilidades (foi também por elas que Pina Moura levou as Fábricas da Iberdrola para a Guarda e não para Seia) que se pretenda constituir uma unidade de Saúde local, com Gouveia e Fornos de Algodres, muito mais atreita à satisfação das necessidades dos habitantes destes três concelhos.
Agora, quem vai ter que assumir que nos tira valências é o Governo.
Vou esperar para ver o peso que alguns dizem que têm...

Wednesday, April 26, 2006

[IN MEMORIAM - CHERNOBYL]

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Tuesday, April 25, 2006

[25 DE NOVEMBRO, SEMPRE]

O 25 de Abril de 1974 ocorreu 2 anos e 34 dias antes de eu nascer.
Nasci também 335 anos e sete meses depois da restauração da independência de Portugal face a Espanha.
Servem estas referências para dizer que não vivi nenhum destes dois momentos históricos do nosso país, um em que nos livramos de uma ditadura, outro em que nos livramos do jugo estrangeiro.
Hoje em dia, no estado em que está Portugal, não estou certo que todos os portugueses aplaudam ainda o 1 de Dezembro de 1640, atenta a diferença de evolução de Portugal e Espanha.
Eu não, eu aplaudo ambas as datas com a mesma, exactamente a mesma vontade, porque as não vivi e por isso para mim, significam o mesmo, a libertação do povo, primeiro da opressão espanhola, depois pela opressão do regime salazarento.
E porque as não vivi, permito-me poder ter uma visão distanciada das mesmas, visão essa impossível a quem viveu esses momentos, particularmente os de 74, pois dos outros só nos livros podemos contactar com a história.
Visão essa que vai muito para além do ultrapassado “25 de Abril sempre” que alguns gritam nestas alturas mas não praticam durante o ano.
O 25 de Abril, para muitos, tornou-se como o Natal para quase toda a gente. No Natal apregoa-se a paz, a compaixão, a amizade, diz-se que o Natal deve ser todos os dias, fala-se dos sem abrigo, dos vencidos da vida, da solidariedade, para logo a seguir se esquecer tudo e se voltar à vida quotidiana normal, egoísta, em que cada um pensa em si primeiro e depois nos outros, volta-se às dificuldades, ao preço da gasolina, do pão, dos livros na escola, da roupa, das escolas a fechar, das maternidades a fechar, da lei da rolha na judiciária, da demagogia na justiça, etc…
O 25 de Abril tornou-se mais ou menos em algo de igual. Apregoa-se a defesa de liberdade, os valores de Abril, dão-se vivas aos heróis que depuseram o regime, para no resto do ano ignorar a democracia, os direitos dos outros, e aquilo que apregoaram, nessa altura, com cravos na lapela.
O 25 de Abril poderia ter sido uma data trágica para a nossa democracia não fora o 25 de Novembro.

Esse, que todos ignoram por sistema, foi o verdadeiro grito da liberdade, foi aí que se gerou a democracia verdadeira, a da liberdade.
Não fora o 25 de Novembro e teria a ditadura de direita sido substituída por uma de esquerda, comandada por Moscovo, como marionetas a dançar.
Sei bem o que fazia Moscovo naquela altura e antes. Estou agora a ler um livro com uma profunda pesquisa sobre a vida de MÃO TSE TUNG, onde se descreve com pormenor o que o PCUS Russo fez na China, chegando ao ponto de apoiar um partido nacionalista, imaginem, contra o próprio partido comunista chinês, apenas porque este tinha mais militantes e, por conseguinte, maior capital humano para chega ao poder. E MAO, o líder comunista, foi ele próprio membro do partido nacionalista, a fim de poder obter o seu desejo de chegar ao poder e fazer o que fez.
Foi a isto que Portugal esteve sujeito e que os “autores” da história branqueiam todos os anos.
Sim, branqueiam, porque se o ACTO HERÓICO DE DEPOR A DITADURA MERECE OS MAIS RASGADOS APLAUSOS, o que a seguir se passou ENVERGONHA, pois houve uma tentativa de apropriação do Estado e uma sovietização do mesmo, manietada e controlada por Moscovo, tal como foram os países de leste, e isso significaria apenas a substituição de uma ditadura por outra, sem que a liberdade, aquilo que tantas vezes se apregoa e se não cumpre, fosse uma realidade, pois sabemos bem como funcionaram e funcionam os regimes comunistas. A história mostrou-nos e mostra-nos a realidade, o que se fez aos direitos humanos nos países de leste, o que ainda se faz em Cuba, na Coreia do Norte, etc..
Essa teria sido a segunda noite negra da ditadura, com o mesmo lápis, talvez já não azul, com a mesma polícia, mas já sem o nome de PIDE, com o mesmo medo de falar, mas com outros titulares do poder.
É disso que NUNCA ninguém fala, que todos calam e consentem e que faz em mim nascer uma revoltar por hoje, em democracia, haver um lápis azul na história recente de Portugal, por haver quem esconda e mande para o baú ou para o sótão essa realidade.
Sei que muitos não aplaudirão este discurso, e eu fico contente com isso. Sei que assim não agradei ao establishment do 25 de Abril, aqueles que se apregoam de donos da liberdade e que, em democracia e liberdade, censuram os que pensam de modo diferente.
Todos aqueles que não me vão aplaudir estão a fazer o mesmo que a PIDE fazia, estão a traçar o discurso com um lápis azul, calando a voz de um cidadão livre só porque diz o que pensa e se recusa a ser subserviente a uma história que não é contada como devia, a bem da verdade.
É por isso que Abril ainda não se cumpre hoje em dia, e Novembro também se não cumpre, porque de forma encapotada, os mesmos de sempre censuram quem deles discorda, fazendo-o com formas mais refinadas, mais evoluídas, mais disfarçadas, mas aquela cor azul do risco em cima de uma folha escrita por uma mente livre está lá, em suspenso, cravado sobre a pessoa, sobre a imagem, sobre a palavra, sobre o discurso, está lá, no silêncio, na cara fechada, nos acenares de cabeça.
Por isso eu digo, o verdadeiro Abril só se cumprirá quando a geração do mesmo já cá não estiver, e se calhar a que se lhe segue também não.

Pois só aí, de forma livre e independente, se poderá olhar para Abril como hoje se olha para Dezembro, o de 1640, e se poderá analisar friamente o que de facto a data significa para o país.
Entendo que só aí seremos verdadeiramente livres, da ditadura e dos fantasmas da mesma que ainda hoje pairam em tantas cabeças.
É por isso que a história tem que ficar escrita, para que se não esqueça dela, e por isso é que defendo que se comemore o 25 de Novembro, como se comemora o 25 de Abril, porque um sem o outro nada é, sob pena de se apagar da história e da memória, o verdadeiro dia da liberdade da ditadura, a da direita e a da esquerda.

[DESCUBRA AS DIFERENÇAS]

Macedo de Cavaleiros tem um hospital. Iniciada a sua construção em 1911, e depois cedido à Misericórdia local, começou a funcionar em 1929, ou seja, em funcionamento o hospital de Macedo tem 77 anos.
O Hospital de Seia, tendo já referencia muito anteriores, começou a funcionar em 1930, tal como se constata no site do hospital.

O Hospital de Macedo é Distrital e o de Seia também.

O Hospital de Macedo foi integrado no Centro Hospitalar do Nordeste, englobando os hospitais de Bragança, Macedo De Cavaleiros e Mirandela.
O Hospital de Seia parece que vaI ser integrado no Centro Hospitalar de Viseu, englobando Viseu, Seia e Tondela.

A população de Macedo de Cavaleiros teme ficar APENAS com uma unidade básica de urgências e teme PERDER AS CIRURGIAS, sendo que o centro hospitalar afirma que tal pode acontecer por uma questão de racionalização de custos.
A população de Seia teme ficar apenas com uma unidade básica de urgências, sendo que o Presidente do Hospital disse que é mesmo isso que vai acontecer (mais básico que o básico não há) temendo também perder as grandes cirurgias, ficando apenas com as pequenas.

A população de Macedo de Cavaleiros, mobilizada pela Assembleia Municipal e todos os seus partidos decidiu comemorar o 25 de Abril na Rua, como forma de protesto com o que lhes pretendem tirar.
A Assembleia Municipal de Seia, fez uma comemoração do 25 de Abril de uma hora, e ninguém na mesa da Assembleia, nem da Câmara faz nada para demonstrar que está contra o que pode estar aí a vir, sendo quem o Presidente da Assembleia Municipal e o da Câmara faltaram à sessão, sem que publicamente se tivesse dito qual o motivo da falta.

No meio de tudo, vemos que toda a situação dos Hospitais de Seia e de Macedo é semelhante, quanto ao seu tamanho, categoria do Hospital, integração em centro hospitalar e eventual perda de serviços e a única diferença é que os poderes locais de lá lutam pelo seu hospital e os de cá NÃO FAZEM NADA.

Sunday, April 23, 2006

Friday, April 21, 2006

[BANCO DE PORTUGAL, FMI E OCDE NÃO SERVEM PARA NADA, O GOVERNO É QUE TEM SEMPRE RAZÃO...]

O BP, o FMI e a OCDE reviram em baixa as previsões de crescimento efectuadas no início do ano para Portugal, definindo um ritmo de crescimento muito mais brando, a níveis que se enquadram em cerca de metade do crescimento da zona euro, o que implica o aumento do afastamento de Portugal dos restantes países da UE.

O Governo português, porque acha que é mais conhecedor do que estas 3 organizações independentes (isto se se considerar o BP uma entidade independente), diz que não toma em consideração tais resultados e que mantém a perspectiva de crescimento inicial, porque eles é que sabem, eles é que têm razão e os outros, que noutras alturas serviram para criticar governos de outra cor, hoje não merecem credibilidade.

Esta atitude parece a de um governo autista, para não dizer de um governo surdo e autoritário, que nega a evidência mesmo quando ela é apresentada por entidades internacionais e independentes.

A verdade, porém, é outra e é demonstrativa de que o trabalho do Governo está a falhar redondamente e que todo este espectáculo mediático de anúncios e mais anúncios não passa disso mesmo porque, na realidade nua e crua de Portugal, esses anúncios mais não são do que cócegas à realidade, sem efeito prático algum e sem propensão para mudar a realidade.
Contudo, essas cécegas, que outrora poderiam fazer rir muita gente, já não fazem rir ninguém, atento o tamanho do descalabro em que o país se encontra.

Thursday, April 20, 2006

[O INSULTO É SEMPRE FÁCIL AOS COBARDES]

Parece que o post anterior incomodou alguém, não tendo, contudo, alterado a posição cobarde da pessoa em causa. Recebi um comentário ao post que é, além do mais, insultuoso. Não o publico apenas porque a pessoa em causa é cobarde, não tendo a coragem de se identificar e dizer aquilo que diz no comentário, caso contrário fá-lo-ia. Mas como os cobardes têm a tendência de o ser toda a vida, parece-me que a pessoa em causa nunca vai dar a cara repetindo o que disse.
Até porque sabe que, logo a seguir, levava com um processo crime em cima, daí a sua cobardia.
Esta forma de actuar denota a deficiente personalidade e a deformação de carácter do mesmo.
Mas é sempre bom saber que os cobardes, ainda que nunca deixem de o ser, sempre saem da toca de vez em quando.
Também sei que em resposta a este post deve vir aí um outro insulto suez, anónimo, sendo por isso cobarde, mas como isso só qualifica quem o profere, eu cá por mim fico descansado.

[AS VERDADES NÃO SE APAGAM COM O TEMPO]

Em 14 de Setembro de 2005, em plena pré-campanha autarquica, coloquei o post seguinte:

"A população de Santa Marinha considera esta ponte como sendo romana, sendo certo que desconheço se assim é.
O que sei, e se vê, é que é muito antiga.
Ora esta ponte, antiga, talvez romana, toda em pedra, foi ALCATROADA há poucos dias.
É inacreditável mas é verdade.
A ponte dá acesso ao cemitério, não se contestando que se devesse reparar esse acesso agora, alcatroar uma ponte antiga em pedra é demais.
É destruir património, deitando dinheiro fora.
É mais um atentado.
Nuno Almeida"
Hoje recebi o seguinte comentário que publico:
"Eu sou de Santa Marinha de Seia, e como tal tb me desagrada o estado do património (como o caso desta ponte). Já publiquei um livro:A freguesia de Santa Marinha de Seia, Nov.1988-1ªed; fev.1989-2ªed. Também já fiz vários filmes sobre Santa Marinha (e não só), e no primeiro caso, as pessoas estão nas tintas para a defesa e divulgação do seu património. Concorri com um filme: um olhar fotográfico da vila de Santa Marinha, ao cine-eco 2004, e o filme foi visto numa tv num sítio qualquer, quando devia ser incluído no programa oficial, pois assim eram as regras do concurso. Sinceramente o meu apoio ao partido socialista foi em vão. Não espero votar em Seia no ps. Talvez o psd faça melhor pelo concelho e pela freguesia de Santa marinha. Se quiserem divulgar o concelho podem contar comigo, pois possuo vários filmes sobre Santa marinha de Seia, e o turismo local precisa de ser desenvolvido. Até Breve.
Rui Ressurreição "


Como se pode ver, a defesa do património e do turismo não é algo de abstracto, algo de ideal, é uma função tanto pública como privada que tem que ser empreendida. Como eu, outros há que defendem, independentemente das cores partidárias, a defesa desse património, porque a sua defesa é a defesa do concelho de Seia.
Agradeço o comentário porque todos somos poucos para defender o que é nosso, particularmente quando se alcatroam pontes consideradas romanas, com calçada antiga e que deveria ser protegia e classificada, no mínimo, como património municipal.
Mas se calhar, fazer algo como o que sugiro é demasiado complicado só porque a ideia não é originariamente de quem governa, uma vez que eles, por sistema, não aceitam implementar ideias alheias, mesmo quando elas são boas.

Wednesday, April 19, 2006

[DIGITAL FORTRESS]

Fortaleza digital, o primeiro livro escrito por Dan Brown, está já à venda em Portugal.
Curiosamente, este livro foi o primeiro a ser escrito pelo autor do bestseller "Código Da Vinci" e só agora vai estar disponível.
Tenho uma certa curiosidade, em parte ancorada no facto de ter gostado muito dos outros livros, mas também pelo facto de este ser o primeiro que foi escrito e não não ter a certeza de que, na altura em que foi escrito, Dan Brown já fosse possuidor da técnica de escrita que enebria, envolve e absorve o leitor, exigindo que se leia sem parar, como aconteceu comigo nos outros livros.
Uma coisa é certa, eu vou ler mais este livro do escritor que não só ganha milhões, como criou um novo mercado literário à volta da sua obra, com obras parasitárias que analizam os seus livros e obras que tentam ganhar fama à custa dos temas que Dan Brown aborda.
Voltarei a ele depois de o ler.

[O BARCO ESTÁ A AFUNDAR-SE MAS A ORQUESTRA NÃO PARA DE TOCAR]

O relatório do Banco de Portugal indica que apesar do aumento do IVA e, digo eu, dos sucessivos aumentos dos impostos sobre os combustíveis, o estado não logrou um bom desempenho na contenção das contas públicas, o famoso défice, porque a despesa continuou a crescer mais do que o valor do aumento dos impostos.
Isso significa globalmente que o défice só diminuiu para os 6% porque aumentaram os impostos, contudo, do lado da receita o trabalho ficou por fazer.
A continuar assim, em pouco tempo o efeito prático do aumento do IVA será consumido pelo galopante aumento da despesa e, de novo, o Governo pensará em aumentar o IVA como forma de tapar o buraco.
No fundo, o que o Governo anterior fazia era usar despesas extraordinárias para tapar o buraco, procurando não penalizar os portugueses, e o que este faz é usar receitas ordinárias, penalizando os portugueses.
Contudo, o trabalho essencial fica por fazer, a despesa não é contida, a receita não chega e o buraco aumenta, só se tapando com aumento de impostos.
Ora, no que toca a este ponto nós já vimos que o Governo não tem palavra porque prometeu na campanha que não aumentava os impostos e a primeira coisa que fez foi aumentá-los, e agora diz que não aumenta os impostos, mas sobre a gasolina, aumenta-o todos os anos.
Ora este aumento faz o mesmo efeito que o IVA, porque as empresas já não aguentam estes aumentos associados ao do petróleo e vão fazer reverter sobre o preço dos bens esse mesmo custo, ou seja, vai-se verificar uma subida generalizada dos preços, o aumento da inflação, gera-se impacto económico negativo e, em breve, uma nova recessão (nova!!! Bem não sei será uma vez que ainda não saímos desta).
Acresce que, desde que o Governo entrou em funções, já saíram 19.000 funcionários públicos e entraram 20.000!!!! Tal representa uma total ineficácia no controlo das despesas e a incapacidade de cumprir o prometido: por cada duas pessoas que saíssem da FP só entraria uma.
Continuando assim, apenas caminharemos ainda mais para o fundo do poço:
Contudo, fá-lo-emos com uma diferença: com estilo, com festas, com grandes anúncios.
Sócrates está cada vez mais parecido com o ministro do interior do Iraque quando, estando já os soldados americanos dentro de Bagdad, dizia que as tropas de Saddam estavam a dominar e iam ganhar a guerra.
E o que é mais lamentável ainda é que a imprensa colabora com esta palhaçada política sem nada dizer, sinal de que estão bem controlados, o que não augura nada de bom para a nossa democracia em vésperas de mais um aniversário do 25 de Abril.

[PIOR A EMENDA QUE O SONETO]

Guilherme Silva, Vice-Presidente da Assembleia da República eleito pelo PSD, fez ontem uma das mais bárbaras declarações públicas que ouvi até hoje e que demonstra a forma como quase todos os deputados se sentem, imunes e impunes perante tudo e todos.
Num colóquio sobre ética na política, realizado na AR, dizia este deputado que os culpados da vergonhosa cena da falta dos deputados na Semana Santa tinham sido os próprios deputados.
Até aqui tudo bem, se este fosse uma real “mea culpa” e um pedido de desculpas de um Vice-Presidente da AR ao país.
Mas não, ao dizer que a culpa era dos deputados, fê-lo dizendo que assim era porque estes não tinham tido a coragem, vejam bem, de decretar férias durante a Semana Santa!!!!
Férias, durante a Semana Santa!!!!
Repeti porque podiam não acreditar à primeira.
Dizia ele, com um tom que roçava a indignação, que na conferência de líderes alguém tinha proposto que se trabalhasse durante essa semana (Qual heresia!!! Como se fosse ponto assente que a AR tem que fechar nessa semana quando quase todo o país trabalha) e que os outros, com medo de que os chamassem de mandriões, tinham aceite e que agora o resultado estava à vista. Assim, para este ilustre deputado de há décadas, o mal não foram as faltas, o mal foram os que decidiram que tinham que trabalhar 3 dias - imaginem bem que ofensa – quando deviam ter decidido não fazer nenhum uma semana inteira.
Vergonhosa, esta explicação é simplesmente vergonhosa, e devia merecer um forte repúdio das pessoas e da imprensa porque é inadmissível.
O meu repúdio fica aqui expresso.

Tuesday, April 18, 2006

[DE VOLTA À NORMALIDADE]

Portugal, após o pseudo feriado nacional em que metade do país ficou sem fazer nenhum, renasce e volta a mover-se.
Os dias voltam ao normal, o telefone não pára de tocar, pessoas a entrar e a sair, movimento, azáfama, o costume.
O problema é que ontem não era feriado e metade do país fez ronha...

Monday, April 17, 2006

[IMPRESSIONANTE]

Segunda-Feira, 10 da manhã, o silencio nas ruas é avasslador. É impressionante, o telefone não toca freneticamente como nos outros dias, os clientes não apararecem sem avisar como sempre, a maioria das lojas está fechada e apenas algum comércio de restauração trabalha, assim como os bancos e os CTT.
Um país virado de pernas para o ar, um dia de semana em que metade, ou mais, não produz rogorosamente nada.
Um dia em que nos atrasamos ainda mais em relação ao mundo.
E não, não é fim-de-semana nem feriado, mas o país não anda, não cresce, não enriquece ou, pelo menos, não diminiu o empobrecimento.
Isto é Portugal...

[BANAL]

O Sporting voltou ao seu registo de equipa banal, mediocre, que efectuou na primeira volta do campeonato. As últimas 12 jornadas foram o resultado de um balão cheio pelo treinador, dirigentes e uma imprensa mesmo muito amiga, associada a algumas arbitragens favoráveis e nenhuma prejudicial. Contudo, para além destes factores, que deram motivação aos jogadores e os iludiram sobre o que poderiam fazer, não houve uma real alteração das capacidades da equipa, nem da sua qualidade.
No primeiro momento em que esse balão enfrentou um alfinete, rebentou, voltando à normalidade mediocre de sempre.
Faz bem a alguns sportinguistas que achavam que já eram campeões e ganhavam a taça.
Agora, ficam mais um ano sem ganhar nadinha, desde a supertaça à taça de Protugal, sem ganhar dinheiro, sem arrecadar prestígio europeu e cada vez mais endividados.
Pensavam que tinham encontrado o novo Mourinho, mas na verdade, encontraram um balão que rebenta ao primeiro alfinete.

Saturday, April 15, 2006

[NOMINA SUNT ODIOSA]

“XPOVAL COLON” é forma de escrita em português arcaico do Cristóvão Colombo (denominação Portuguesa), Cristobal Colón (denominação espanhola), Christoforo ou Christophorus Columbus (denominação arcaica italiana).
Vem este intróito a propósito do livro que acabo de ler, o CODEX 632, de José Rodrigues dos Santos e que se afigura um livro, para além de interessante, intrigante, sobre a verdadeira origem do Colombo, se é que era este o seu verdadeiro nome.
Levantam-se dúvidas pertinentes sobre:
- Como é que um filho de tecelões, ele próprio tecelão, de Génova (esta é a tese oficial Italiana e a que vingou na literatura até hoje) poderia ter-se tornado num grande navegador, quer sabia latim escorreitamente, falava espanhol e português, dominava as técnicas mais complexas de navegação da época, se as classes mais baixas não tinham condições económicas e/ou sociais para aceder à instrução?
- Como poderia este plebeu italiano ter-se casado com maa Nobre portuguesa, Filipa Perestrello e Moniz, quando nessa época, sec xv, tal facto é absolutamente impossível não havendo um única relato de um só caso em que tal subversão das hierarquias houvesse ocorrido?
- Porque é que “Comlombo”, quando escrevia a amigos italianos, o fazia em portunhol (português e espanhol misturado)?
Estas entre outras coisas fazem que, entre a fábula contada no livro se levantem questões que há muito são referenciadas por autores como indiciárias da origem Nobre Portuguesa de Colombo, ainda que os antepassados da sua família pudessem de facto ser italianos, mas não de Génova e sim de Piacenza.
Basta procurar na net que se encontram muitos elementos.

Por fim, querem saber o que significa o título do post?
Leiam o livro. Eu não ganho nada com isso, mas vocês vão ganhar com certeza.

[UMA VERGONHA NACIONAL]

Deputados de todos os partidos (50 do PSD, 49 do PS, 5 do CDS, 2 do PCP e 1 do BE) faltaram às votações na última quarta-feira no parlamento.
A atitude é reprovável a vários níveis e deveria ser seriamente sancionada a todos eles.
Em primeiro lugar, porque as votações costuma ser às quitas feiras, à tarde, e por causa do feriado de sexta e da tolerância de ponto dada à função pública (também não entendo porque é que se dá esta tolerância) a votação foi antecipada para quarta feira, pelo que, os deputados já ganhavam um dia inteiro, e não uma tarde, a mais para poderem gozar a Páscoa.
Em segundo lugar, porque muitos deles estiveram no parlamento de manhã, assinaram o ponto na entrada e depois debandaram, o que demonstra falta de ética e uma tentativa de ludibriar o sistema.
Se não fosse dia de votação e não tivesse que haver quórum deliberativa, às 19 horas ninguém contaria os deputados presentes, e o facto passaria em claro, o que me leva a concluir que, em geral, esta conduta é costumeira em deputados de todas as bancadas o que é vergonhoso e desrespeitador para todo o pais.
O valor das multas é, ainda assim, ridículo.
Se todos os deputados faltosos não tiverem uma qualquer “desculpa esfarrapada” que pode ser dada verbalmente, bastando a palavra do deputado para a justificação (!!!!!) o valor global será de 18.500 €.
Ora, para quem ganha uma média de 3000,00 € mensais entre ordenado e ajudas de custo, o valor a pagar é irrisório.
Isto só lá vai se, por cada falta lhes retirarem um mês de ordenado e ajudas de custo.
De outro modo, a bandalheira vai continuar.

Thursday, April 13, 2006

[NAS MERCEARIAS FAZEM-SE MELHORES CONTAS]

O Ministério da Justiça, em face da ordem da Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos (CADA) disponibilizou no seu site o dito documento.
O famoso estudo que baseou a alteração das férias judiciais (que não é o mesmo que encerramento total dos tribunais e férias de funcionários e juízes) é afinal um singelo trabalho, de 7 páginas, que não está assinado, desconhecendo-se assim o seu autor ou autores, não sendo um estudo científico profundo, certificado e realizado por entidade independente.
Digamos que é um trabalho (nem sequer estudo se lhe pode chamar) feito à medida das conveniências das propostas do governo e que, se bastasse para as fundar, era um escandalo, pois assim, facilmente o governo obteria para tudo e mais alguma coisa, mil um estudos não assinados, justificando assim todas as suas medidas, fossem elas boas ou aberrantes.
Ora, não fosse este juiz do Porto a exigir a divulgação do mesmo, e esta “coisa” (porque é difícil dar-lhe outro nome) a que o Ministro chamou de estudo ficaria na penumbra, eternamente.
Assim se vê a profundidade e o rigor com que o Governo funda as suas opções legislativas e a forma como empreende alterações substanciais no sistema judicial, sem que para isso tenha dados concretos e rigorosos que fundamentem tal actuação.
É mesmo típico do PS, mesmo típico…

[A PALAVRA DADA DEVIA SER HONRADA]

O demissionário presidente do SCP disse (deu a sua palavra), que não seria candidato à presidência do clube se o seu projecto não fosse aporvado. Após o chumbo desse projecto veio reafirmar que ele era uma homem de uma só palavra e que por isso se ia demitir e que não seria candidato.
Cumpriu a sua palavra e demitiu-se, reafirmando que não era candidato.
Cumpriu essa palavra até ontem...
A palavra dada deve ser respeitada e esse respeito tem que ser relevante no relacionamente institucional.
Quando se candidata alguém cujo primeiro acto é faltar à palavra dada, está tudo dito quanto à confiança que merece.
Enfim, cada clube tem aquilo que procura...

[150.000 SÓCIOS]

O GLORIOSO acaba de atingir a mítica marca de 150.000 sócios, só superada, ainda, pelo Manchester United que tem cerca de 152.000. A grandeza de um clube, para além dos títulos que conquita, vê-se também pela grandeza da sua massa associativa, da qual eu me orgulho fazer parte.
Ter 150.000 sócios não é um mero número como outro qualquer, é sim um grande número a nível da receita. Comparativamente o GLOSIOSO encaixou cerca de 10 milhões de euros com a particpação na Liga dos Campeões desta época, e poderia encaixar, se chegasse à final e vencesse, quanlquer coisa como 15 milhões de euros.
Ora, com estes sócios, o GLORIOSO encaixa por ano cerca de 16 milhões de euros, uma verba só ultrapassada pelos patrocínios e publicidade.
O SLB é GRANDIOSO em muitos níveis e neste também.

Wednesday, April 12, 2006

[UM BLOG DE TUDO]

Este é o nome de um blog com o qual me deparei e que é de alguém que, embora não se identificando, afirma ser de Seia, o que para mim já basta para lhe dar relevo.
Contudo, é mais do que isso, pareceu-me ser um escriba com qualidade o que também merece destaque.
Como exemplo indico aqui um post sobre [DOWNLOAD = ILEGALIDADE?].
Além disso, parece que o escriba também é do glorioso, o que denota desde logo uma qualidade distintiva que também merece realce.
Por tudo, visitem o Blog.
Ao autor desejo continuação de bom trabalho.

Tuesday, April 11, 2006

[I'M BACK]

Depois de uma semana sem escrever aqui, estou de volta, sempre que tenha cinco minutos livres para escrever qualquer coisa.
Não, não estive de férias - quem me dera -, tive sim sem net durante oito dias devido a uns problemas no meu computador.
Agora que parece estar tudo resolvido, posso voltar a dizer o que me apetece, para gosto de uns, poucos, e para desgosto de outros, muitos.
Inté.

Tuesday, April 04, 2006

PARA QUE AS METIRAS E OS MENTIROSOS SE CALEM PARA SEMPRE

Veja aqui a reposição da verdade, com dados e factos concretos de cada época, que desfazem as constantes mentiras dos adversários do Benfica apenas porque não aguentam a diferença colossal entre o SLB e os outros clubes.

Monday, April 03, 2006

O SORRISO Nº6 DE SÓCRATES

De forma pomposa foi anunciado o maravilhoso número do défice das contas públicas portuguesas.
A encenação, como tantas outras, feita de forma grave e difícil anunciou que tínhamos conseguido o milagre de termos um défice de 6%. Uau, fantástico, devem ter dito alguns, este Ministro das Finanças é mesmo bom! 6% que espectáculo.
Obviamente não se referiam ao défice mas ao espectáculo circense promovido em torno do anúncio que, digamos, pede meças aos grandes organizadores de eventos e festas de lançamento de carros, novas marcas, musicas, etc.
Mas afinal não era nada disso, era mesmo o velho e saudoso défice das contas públicas.
Em 2004 era de 5,2% sem as receitas extraordinárias.
Em 2004 o Governo do PSD foi demitido, e o défice de 2005 é todo da responsabilidade do governo de Sócrates.
Em 2004 o imposto sobre os produtos petrolíferos ainda não tinha aumentado para os valores de hoje.
Em 2004 o IVA ainda era a 19%.
Em 2004 ainda não se faziam sentir o aumento de cobranças da Administração Fiscal promovidas pelo Director Geral de Impostos, contratado no tempo do PSD mas que, por tão competente que, foi mantido pelo PS
.
Ora se todas estas receitas ordinárias que não existiam em 2004 existem agora, porque é que o défice é de 6%...
Porque as contas públicas estão absolutamente fora de controlo.
Para isto Sócrates já fez o sorriso nº6, porque apesar de estar alegre, já percebeu que não tem motivos para isso.

O SORRISO Nº7 DE SÓCRATES

Irritam-me solenemente estas manifestações de revolta dos funcionários públicos por lhe terem retirado umas benesses que mais ninguém tem em Portugal.
Falam delas (como por exemplo comprar óculos de sol para a mulher ou marido, filhos, netos, sogros, primos e afins) como algo a que acham ter direito por natureza, direito esse sustentado à conta do Estado, que é o mesmo que dizer, à nossa conta.
Os direitos adquiridos são o maior problema que Portugal tem, associado a meia dúzia de artigos que a nossa constituição ainda tem, e que impedem que se ponha na ordem a administração pública.
Eles, os funcionários públicos, têm o que mais ninguém tem de garantido: o mesmo emprego para toda a vida. Todo o santo mês lá pinga na conta bancária o salário, tenham trabalhado muito ou pouco, tenham uma boa ou má avaliação, tenham gasto muitos recursos ou tenham sido poupados. Nada os afecta. Nada os despede. E ainda se queixam? Já agora, de quê?
Das regalias sociais que ainda têm e mais ninguém tem em Portugal?
Do facto de pelo mesmo serviço ganharem mais do que os que trabalham no privado?
De terem progressões na carreira automáticas, sejam bons ou maus funcionários?
Por no meio destas benesses todas terem ficado sem aumento nos últimos anos?
Mas afinal de que se queixam?
Se fosse eu ia mais longe. A Constituição tem que ser alterada, os funcionários têm que ser avaliados, os bons ficam, os maus são despedidos, a competitividade é promovida, o mercado movimenta-se e assim poupam-se milhões que podem ser investidos noutras coisas que o país necessita.
Enquanto esta mudança radical e difícil não foi feita não vamos a lado nenhum. O resto são paliativos numas coisas e cosméticos noutras mas que não mudam o essencial: A despesa corrente do estado é um monstro que não para de crescer e a única forma de a fazer diminuir de forma coerente e sustentada é com a diminuição do número de funcionários públicos.
Com isto promovia-se a igualdade (todos os trabalhadores portugueses trabalhavam segundo a mesma regras) e contribuía-se para a salvação das contas públicas.
Como nada disto é feito, porque são muitos votos que se perdem, lá vamos alegremente caminhando para o abismo, mas acompanhados pelo magnífico sorriso nº7 de Sócrates, que sempre nos faz rir mesmo nos momentos mais difíceis.

Sunday, April 02, 2006

1 DE ABRIL

O PSD pode ficar descansadao... e o PS também... porque eu não vou ser candidato à Concelhia do PSD de Seia nem essa hipótese passou pela minha cabeça, apesar de vontade de alguns militantes que me incentivaram a tal, tendo eu sempre recusado liminarmente essa possibilidade.
A notícia do Oceano das Palavras é do típico 1 de Abril, se bem que acho que para algumas pessoas possa ter sido um susto.
Agora estão mais aliviadas, certamente.
Um Abraço Luís.