Thursday, April 27, 2006

[ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA …]

Entre os meses de Março e Abril, que agora finda, escrevi 10 posts (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10) sobre o Hospital de Seia, os perigos, as semelhanças com outros casos, a desconfiança com o Governo, etc, etc, etc…
Finalmente, ao que sei, a água furou a pedra e o Conselho de Administração – Por isso os saúdo – alterou a sua posição e de uma defesa indefectível do novo Centro Hospitalar, passou para uma posição em que diz que inexistem condições objectivas para as administrações dos Hospitais de Seia, Tondela e Viseu dizerem quais são as valências que ficam para cada um, devendo ser a tutela a decidir.
Este reconhecimento vai ao encontro do que há muito dizíamos mas encerra uma conclusão fatal: o Conselho de Administração já percebeu que vai perder valências no Hospital de Seia. Ao perceber isso, percebeu também que, ou não tem força neste conjunto (Seia, Tondela e Viseu) para impor a sua posição, ou, estando posta perante a consumação da perda de valências, não que assumir o acordo nessa perda, ou seja, não quer ser responsabilizada dos factos, lavando a mão como Pilatos e solicitando à Tutela que seja ela a decidir.
Apesar do problema que encerra este reconhecimento, o facto de o reconhecerem é positivo.
Positivo é também, atenta a especificidade da zona e a falta de acessibilidades (foi também por elas que Pina Moura levou as Fábricas da Iberdrola para a Guarda e não para Seia) que se pretenda constituir uma unidade de Saúde local, com Gouveia e Fornos de Algodres, muito mais atreita à satisfação das necessidades dos habitantes destes três concelhos.
Agora, quem vai ter que assumir que nos tira valências é o Governo.
Vou esperar para ver o peso que alguns dizem que têm...

1 comment:

Anonymous said...

Como,ao que parece, o Sr. TillY impôs novamente a lei da rolha o que, como seu leitor assíduo, lamento profundamente, aproveito este blog livre para, daqui, e com o devido respeito, felicitar o Sr. Tilly pelo último post do seu blog e subordinado ao título: o problema da "credibilidade" de Marques Mendes, e fazer votos para que dê novamente aos seus leitores o legítimo direito a uma crítica que, sendo favorável ou desfavorável, será sempre livre como manda o espírito do 25 de Abril e para fazer a diferença do antigo regime.