Thursday, February 09, 2006

INOMINÁVEL

Este é o texto do comunicado do Ministro dos Negócios Estrangeiros, que publico, apesar de me repugnar totalmente o seu conteúdo:

"Declaração do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros sobre a crise dos cartoons
2006-02-07
Portugal lamenta e discorda da publicação de desenhos e/ou caricaturas que ofendem as crenças ou a sensibilidade religiosa dos povos muçulmanos.
A liberdade de expressão, como aliás todas as liberdades, tem como principal limite o dever de respeitar as liberdades e direitos dos outros.
Entre essas outras liberdades e direitos a respeitar está, manifestamente, a liberdade religiosa - que compreende o direito de ter ou não ter religião e, tendo religião, o direito de ver respeitados os símbolos fundamentais da religião que se professa.
Para os católicos esses símbolos são as figuras de Cristo e da sua Mãe, a Virgem Maria.
Para os muçulmanos um dos principais símbolos é a figura do Profeta Maomé.
Todos os que professam essas religiões têm direito a que tais símbolos e figuras sejam respeitados.
A liberdade sem limites não é liberdade, mas licenciosidade.
O que se passou recentemente nesta matéria em alguns países europeus é lamentável porque incita a uma inaceitável «guerra de religiões» - ainda por cima sabendo-se que as três religiões monoteístas (cristã, muçulmana e hebraica) descendem todas do mesmo profeta, Abraão."

Ter governantes de tão baixa capacidade política, incapazes de se desenlaçarem das suas próprias convicções e pequenos/grandes ódios (aos EUA), ao ponto de manifestarem a sua vontade sob o epíteto de "Portugal Lamenta" ao estilo do velhinho "L'état c'est moi", é que nos envergonha, entristece e revolta.
Aquele indivíduo não me representa, nem as minhas opiniões, nem os meus pensamentos e ao que parece, nem sequer representa a opinião do governo e/ou do partido que suporta o mesmo.
Assim sendo, com que "auctoritas" é que o indivíduo em causa profere tamanhos dislates, enredando todo o povo português na asneira que comete?
Haja bom senso e vergonha, pois mais vale o ministro ter vergonha do que envergonhar os portugueses.

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