Tuesday, September 12, 2006

[SÓ NÃO É RIDÍCULO PORQUE É MUITO PERIGOSO]

As teses de conspiração do 11 de Setembro de 2001 só não são ridículas porque são extremamente perigosas.
Só quem odiar os EUA, mesmo sem ter motivo para isso, ou odiar a Administração Bush, pode acreditar nas versões fabricadas como as de loose change vendidas por grupos políticos anti Bush e por grupos árabes que procuram descredibilizar a administração Bush.
Olhar para loose change com o olhar preconceituoso de quem detesta a administração Bush é a melhor forma de assimilar as loucuras que ali são ditas e que não têm qualquer base factual, científica e documental, aceitando-as sem as questionar.
Loose change faz lembrar aqueles documentários sobre o Roswell, dos extraterrestres escondidos no deserto americano, ou do tipo daqueles que ainda hoje afirmam que o homem nunca esteve na lua e que tudo o que foi visto foi uma grande montagem cinematográfica para enganar o planeta inteiro, produzida nos famosos estúdios de Hollywood.
Estas reacções a estes acontecimentos, marcantes sem dúvida, são reacções de quem não tolera o poder que os EUA têm no mundo conquistado por direito próprio e que, naturalmente, um dia mais tarde, será substituído por outro.
Em todo o mundo, desde a mais basilar organização animal irracional (a estrutura societária das formigas e das abelhas impõe a existência de uns que são superiores e outros inferiores, havendo grupos dominantes que, de tempos a tempos são substituídos por outros), às mais básicas sociedades nos dias de hoje (sociedade de índios no Brasil e tribos em Africa onde há dominadores no grupo e dominados) e até às mais complexas sociedades em que vivemos (em que quem ganha eleições domina quem as perde, seja nos parlamentos, nas políticas a adoptar, etc), há sempre quem domina e que é dominado. Esta é a forma de organização natural desde os animais irracionais aos racionais.
Historicamente, nas organizações racionais, sempre assim foi, como se comprova com o Império Romano, com as cruzadas de evangelização, com as colonizações onde Portugal teve um papel dominador muito activo, com as invasões soviéticas e o pacto de Varsóvia, com a tentativa Hitleriana de dominar a eurásia, com a hegemonia americana actual, assim como com a futura liderança mundial da China que está a pagar aos seus habitantes para se espalharem por todos o mundo (já há um chinês em casa esquina) a fim de ter neles os pontas de lança, os mensageiros, os olheiros, os espiões se quiseram da China em todo o mundo, garantindo informação preciosa, pois quem tem informação tem poder.
São hipócritas todos os que criticam os americanos por fazerem aquilo que outros, Portugal incluído, fizeram noutros tempos.
A história mundial mostra que a dominação do mundo, ou de zonas deles, é feita por ciclos, sendo alterada de tempos a tempos.
Prefiro mil vezes um mundo dominado pelos EUA do que se tivesse passado a ser dominado pela Ex URSS, caso esta tivesse ganho a guerra-fria.
Querer combater esta hegemonia americana com filmes de contra informação barata, patrocinados por árabes, com vista a destruir um regime em mais um acto que mais não é do que uma extensão dos ataques terroristas, é patrocinar o terrorismo, concordar com ele, é dar-lhe alento.
A guerra contra o terrorismo é também uma guerra de informação e contra informação. Ela não se joga só no Iraque, no Afeganistão, em Atocha ou no metro de Londres, ganha-se ou perde-se na informação que se consegue passar.
Aceitar loose change de forma cega, só porque ele diminui os americanos, só porque os denigre, os diaboliza, é garantir que a contra-informação terrorista está a atingir os seus fins.
Eu jamais aceitarei que as vítimas passem a ser os assassinos, pelo que não embarcarei nesta aberração da conspiração que tanto atrai as pessoas nos dias de hoje.

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