Thursday, May 25, 2006

[QUEM TRABALHO NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL]

O grupo do PSD preparou com tempo e cuidado a Assembleia Municipal de Seia sobre as contas da Câmara. Estudou os documentos e dividiu trabalho entre os seus membros.
Antes da ordem do dia, questionamos o Presidente da Câmara sobre o fim do projecto Sena e o chumbo do projecto progride, questionando ainda qual seria o destino dos carros e equipamento informático do projecto. Orquídea Lopes questionou o Vereador Eduardo Silva sobre a situação do Hospital e questionou a Câmara sobre o futuro da Escola Superior e os receios do PSD quanto à mesma.
O PS não questionou a Câmara sobre nada e usaram este período apenas para criticar o PSD.
Além disso, entregámos duas propostas à mesa, para serem integradas na ordem de trabalhos. Uma era um voto de pesar pelo falecimento, no exercício de funções, do Presidente da Junta de Freguesia da Pena, a outra era sobre a localização da feira e a exigência de que os terrenos actuais da mesma nunca sejam vendidos a privados para construção.
O PS não entregou nenhuma proposta.
O trabalho deu frutos, pois obtivemos respostas, que até agora não tínhamos, sobre o projecto Sena, o chumbo do Progride e não obtivemos resposta sobre o Hospital e a Escola Superior, pelo menos nada que acrescentasse ao que já sabíamos, o que é sintomático…
Também quanto à feira se descobriu um pouco mais o véu, o que era importante na nossa óptica.
Na ordem do dia, e quanto à informação escrita da Câmara, foi a mesma analisada na Assembleia, com opiniões do PSD e PCP e nada do PS.
Também as contas da Empresa Municipal de Cultura e Recreio foram analisadas, tendo da parte do PS feito intervenção António Tilly, o mal amado pelos yes men do PS.
No ponto mais importante, as contas de gerência, o PSD fez uma análise exaustiva dos números e uma análise política dos mesmos, tecendo críticas à forma de governar.
Repetimos: o PSD fez uma análise exaustiva dos números. Salientamos este facto porque ninguém (com excepção de António Tilly e Eduardo Ambrósio) da parte dos membros da Assembleia do PS o fez. André Figueiredo gostou dos números mas não os viu com profundidade.
João Viveiros gostou dos números mas não os viu com profundidade. António Correia levava um texto escrito a criticar a posição do PSD na Assembleia, texto este feito antes de o PSD expressar essa posição nessa mesma assembleia…
Tirando António Tilly e Eduardo Ambrósio, que viram os números das contas e os criticaram naquilo que entendiam (eles são da bancada do PS mas não dizem AMEN, dizem o que pensam), mais nenhum dos membros da bancada do PS ligou aos números, não os leram, não os analisaram, não se deram ao trabalho político de o fazer, dizendo que os números não interessam, logo no momento em que discutimos uma conta...
Questionados sobre os números André Figueiredo e João Viveiros, ambos admitiram que não analisaram as contas com profundidade, mas mesmo assim ambos acharam que as contas eram boas.
Assim, chegamos à fácil conclusão de que, tirando os pensadores livres da bancada, que dizem o que pensam, sejam bem ou mal vistos pelo partido, os outros, não fizeram o trabalho de casa e quando confrontados com números, quando confrontados para explicarem onde, no documento das contas, está expressa a diferença entre a execução orçamental de 43% e a dita execução “real” de 88%, limitaram-se a dizer que não sabiam onde isso estava (O caso de João Viveiros a uma pergunta minha).
Estes exemplos mostram que a bancada do AMEN (PS), com as excepções supra ditas, não cumpriu a sua função de estudo e análise da documentação e de argumentação em seu favor com factos. Com posturas destas não se dignifica uma Assembleia, pois todos aqueles que aplaudem um documento têm a obrigação, por isso recebem senhas de presença e de deslocação, de o estudar prévia e profundamente, e de estar preparado para o debater e avaliar.
O PSD e o PCP estavam prontos para esse trabalho, o PS não.
As pessoas que julguem como quiserem.
Já sei que vou ouvir por aí umas respostas pouco convencionais por ter denunciado este comportamento do PS, mas já começo a estar habituado.
Por fim deixo um desafio a toda a população: se não acreditam, venham às Assembleias Municipais e vejam com os vossos próprios olhos.
Nuno Almeida
Membro da Bancada do PSD na AM de Seia
Artigo Publicado no PEONLINE a 20/05/2006

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