Wednesday, May 03, 2006

[DEPUTADOS VIVEM À GRANDE...]

Enquanto o país vive em grande depressão. Não lhes bastando os chorudos ordenados que ganham, cumulados com o que ganham nos escritórios de advogados, de médicos, com as universidades, com a administração de empresas nacionais e estrangeiras, ainda recebem, vejam bem, ajudas de custo. Por irem ao distrito que os elegeu, não vivendo lá. Por irem dos distrito em que foram eleitos, lá vivendo, até ao parlamento. Vale bem a pena qualquer das situações, ganhando de uma maneira ou de outra. Para faltar e justificar, basta a "palavra de deputado", o dinheirinho ao fim do mês na conta, nenhum deles, e muitos estão lá há décadas, é responsabilizado pelas leis que aprovam, muitas delas mal feitas, sujeitas a sucessivas declarações de rectificação em Diário da República, fruto do trabalho mal feito, seja dos deputados, seja dos seus assessores, aqueles que transportam papeis de gabinete em gabinete e que também são nomeados. Vale bem a pena ser deputado e por aqui bem se vê porque é que tanta gente se desunha e rebaixa para conseguir o lugarzito nas listas, com esperança de ser eleito.
Ainda por cima recebem pelas milhentas comissões em que estão nomeados (pois dizer que lá trabalham todos é ofensivo para os que efectivamente o fazem), sendo que muitas de pouco ou nada servem.
Aos deputados, uma proposta: que passem a receber em face da sua produtividade, em função das propostas que apresentam e do trabalho efectivamente desenvolvido. O país ganhava seguramente. Ou eles passavam a trabalhar a sério ou então poupavam-se milhões em vencimentos. E que tal, não é uma boa ideia?

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