Thursday, August 31, 2006

[PORTUGAL NO MUNDO]

Portugal aceitou, mais uma vez, o repto da ONU para integrar uma das suas forças de paz, desta vez para o Líbano.
Eu, ao contrário de uma esquerda trauliteira, sempre fui a favor das intervenções de Portugal no Mundo, sejam pela ONU, sejam pela NATO, uma vez que o prestígio internacional de Portugal alicerça-se nestes actos.
De facto, quando se colocou, da primeira vez, a questão do porquê dos investimentos militares portugueses, uma vez que nós não estamos, nem é natural que venhamos a estar, em guerra, foi aquando da compra dos F16, era Primeiro Ministro de Portugal aquele que agora é seu presidente da República.
Nessa altura, essa esquerda trauliteira (na altura era quase toda a esquerda que após Cavaco assumiu o poder, incluindo o actual primeiro ministro) protestou sobre a necessidade de Portugal, um pequeno país, comprar esses aviões, uma vez que não tinhamos necessidades militares que o justificassem.
Contra ventos e marés Cavaco avançou na compra dos mesmos, pois a nossa capacidade militar, muito para lá das imediatas necessidades bélicas de Portugal, está na primeira linha de influência política e económica de um país de pequena dimensão geográfica e populacional como o nosso
Na verdade, não podemos querer fazer parte da ONU, da NATO e da UE e ao mesmo tempo recusar participar em missões patrocinadas ou pedidas a estas organizações por falta de meios. Para podermos participar temos que ter meios e para os ter é preciso investir.
Face à vitória deste rumo político para as forças armadas, as nossas participações na Bósnia, no Kosovo, em Timor, no Afganistão, no Congo, etc…, têm sido elogiadas por todos quantos connosco cooperam nesses teatros de guerra.
Como consequência desse trabalho a imagem de Portugal tornou-se a de um país capaz, com engenho e arte, alterando a imagem que o país havia deixado nos tempos em que os Soares e companhia destruíam Portugal
Em função dessa evolução Portugal acabou por ser reconhecido como um par, com Freitas do Amaral nomeado para presidente da Assembleia Geral da ONU, Durão Barroso indicado para presidente da comissão Europeia e António Guterres como Alto Comissário da ONU para os refugiados. Não fosse essa estratégia de intervenção e nunca poderíamos almejar nomeações para esses cargos.
Assim, neste quadro, a intervenção de Portugal no Líbano é muito importante, até porque será uma companhia de engenharia militar a ir, companhia essa de méritos reconhecidos em função do trabalho de alta qualidade que executa.
Estou certo que, mais uma vez, estes militares irão dignificar o país, reforçando esta imagem que por certo trará dividendos políticos e até económicos para Portugal.
Assim sou hoje, como sempre fui, a favor das intervenções militares de paz de Portugal, pelo que apoio a ida para o Líbano.

1 comment:

Anonymous said...

Concordo plenamente porque as intervenções de Portugal são das maiores maneiras de dignificar o nosso pais.